terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

 CRISTO, PONTO DE ENCONTRO ENTRE DEUS E O HOMEM

“E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. ” (Mateus 2.10,11)

O ensino da Igreja é cristocêntrico. Esse fundamento da fé tem sua origem na Sagrada Escritura, principal e objetivamente nos evangelhos, pois esses testificam essa centralidade. Sendo assim, evidencia-se também que, não existem outros intermediários que se constituam a base da redenção do homem. Cristo é o ponto central da nova realidade salvífica, que torna a vida mais convergente aos pontos basilares do Reino de Deus.

A construção literária dos evangelhos é bem elaborada. E, do texto e do contexto de Mateus 2.1-12, apresenta uma mensagem que não pode haver confusão sobre o ensino já destacado. A estrela que brilha é a que produz intenso júbilo. É a plenitude da nova   situação que se autenticou na história da humanidade. Não é sem razão que no Antigo Testamento se diz que brilhou uma grande luz para tornar claro o caminho e a existência de um povo que andava na escuridade (Isaias 9.1-2). Esta visão foi construída pela igreja cristã, iluminada pela divina luz do Espírito Santo, no sentido de estabelecer uma ponte entre o Antigo Testamento (Primeira Aliança) e o Novo Testamento (Segunda Aliança). Deste modo, percebe-se que a Bíblia trata do Messias, o fundamento da nova vida e o ponto de encontro entre o homem morto em seus delitos e pecados e o Deus autor da salvação, que vivifica os mortais na força e no poder do Espírito Santo.

Com Cristo o homem é o que tem de ser: humano. Assim como Cristo foi também: plenamente humano. Aproximarmo-nos dele é ter a única oportunidade de mudar, de ser o que Deus quer que sejamos. Deus quer que sejamos seus adoradores e instrumentos de vida e não de morte, no exemplo daqueles que naquele dia glorioso, “O adoraram”. E, ainda, levaram seus presentes, suas ofertas de gratidão, porque diante do Salvador pode-se reconhecer que tudo a ele pertence.

Ainda vivemos e sempre viveremos os efeitos da encarnação do Senhor, pois ele fez a diferença: dividiu a história em duas partes, antes e depois dele. Este é o milagre da nova criação, que brota da plenitude da vida do infante de Nazaré, ainda que desprezado por alguns, porém crido e reconhecido pelos que têm fé. Todos sabem que Jesus nasceu. Mas, não é apenas para ficar numa lembrança provida de mecanismos econômicos que marcam o lucro numa determinada época do ano, mas para sempre no ponto máximo que faz convergir para a vida verdadeira, na centralidade do encontro com o Senhor da vida e da história.

Hoje mesmo qualquer pessoa pode encontrar-se com Jesus Cristo, pela fé e ser feliz.

Rev. Nelson Celio de Mesquita Rocha