quinta-feira, 30 de junho de 2022

MINISTROS DE CRISTO E DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS

1 Coríntios 4:1,2

Uma pessoa vocacionada por Deus para o exercício do pastorado não pode ser despreparada. A fim de desenvolver bem a sua vocação tem de cumprir algumas exigências, como por exemplo: ser membro do corpo de Cristo, ter um grau maturidade espiritual e o preparo teológico. No preparo teológico há o estudo de disciplinas bíblicas, humanas e administrativas.

Antes desse preparo é necessário que tal pessoa vocacionada seja aprovada por um concílio, tendo o reconhecimento público de sua vocação interna, que é o chamado de Deus.

Sendo assim, uma pessoa vocacionada por Deus para o pastorado não pode ser pueril ou imbecil, porém, prudente; que haja com sabedoria, discernindo os espíritos, em um mundo repleto de habilidades que corrompem os bons costumes.

Uma pessoa vocacionada por Deus para o pastorado tem de saber manejar bem a Palavra da Verdade (2 Timóteo 2.15). Essa pessoa é serva e gerente de Cristo, que opera bem as ordens do Senhor.

A pessoa vocacionada por Deus não é boba. Mas, é como disse Jesus: "... prudente como as serpentes e símplices como as pombas" (Mateus 10.16).

Uma pessoa vocacionada por Deus para o pastorado deve ter cuidado com os desejos vaidosos do seu coração. Portanto, essa exortação serve para todos os que foram, são e serão chamados por Cristo, para desenvolver a sublime tarefa de servir com fidelidade ao Reino de Deus na terra.

Rev. Nelson Célio de Mesquita Rocha



quarta-feira, 22 de junho de 2022

DINHEIRO, PODER E FAMA EM TROCA

DA VOCAÇÃO PASTORAL?

Ser pastor de ovelhas hoje parece que não encontra mais o seu valor, segundo o ensino bíblico. O pastorado, segundo uma visão bem corrompida, é um trampolim para que sejam realizadas outras tarefas na sociedade, em nome de uma falsa ideia de que se foi vocacionado por Deus para ser profeta meio do tipo "palaciano".

No livro do profeta Isaías capítulo 6, o profeta é conscientizado de que era o homem certo, mas no lugar errado. Ele estava servindo no palácio do rei. Mas, o rei havia morrido. E agora? Ao ter um encontro com Deus, no momento cúltico, o profeta decide voltar para ser o homem certo no lugar certo. Ele deixa o palácio e vai profetizar no meio do povo.

No Evangelho segundo João 6.15 está escrito: "Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte". Jesus tinha a plena consciência de sua missão. Não tinha nada a ver com dinheiro, poder e fama. A sua missão era a de fazer a vontade do Pai, trazendo a redenção e o redimensionamento do ser humano.
Quem foi vocacionado para ser pastor de ovelhas tem a missão de viver e pregar a Palavra de Deus; de operar com as ovelhas o trabalho de redenção do mundo. Pregar a mensagem de Boas Novas é algo que não tem preço. É uma operação que nada tem a ver com a obtenção de riquezas, poder político e fama popular.

Ainda é tempo, de abandonar esses desejos que não se coadunam com os valores do Reino de Deus.
Quem não recebeu a verdadeira vocação de Deus vá fazer outra coisa, mas não use o nome de pastor para tentar envergonhar o nome de Deus e do evangelho.
Rev. Nelson Célio de Mesquita Rocha



terça-feira, 21 de junho de 2022

A Comunicação e a Pregação

Quem está comissionado?

A estrutura racional do ser humano não pode ser entendida sem a palavra, na qual a estrutura racional da realidade é compreendida. A pregação da Igreja pressupõe uma compreensão das funções expressiva e denotativa da palavra, acrescentadas à sua função comunicativa. Assim, pode-se afirmar que a mensagem bíblica não pode ser interpretada sem princípios semânticos e hermenêuticos. A palavra comunica a experiência auto-relacionada e inacessível de um eu-pessoa para outro eu-pessoa de duas maneiras: mediante expressão e denotação.

     O poder expressivo da linguagem é a sua capacidade de revelar e comunicar estados pessoais. Por exemplo: uma equação algébrica tem um caráter quase exclusivamente denotativo. E um grito tem um caráter quase exclusivamente expressivo. Assim, a maior parte da linguagem se move entre dois polos: quanto mais científica e técnica, tanto mais perto do polo denotativo; quanto mais poética e comunitária, tanto mais perto do polo expressivo.

        A linguagem como um meio de revelação, ao contrário, tem o “som” e a “voz” do mistério divino, em e através do som e da voz da expressão e denotação humanas. A linguagem com esse poder é “Palavra de Deus”. A “Palavra de Deus” não contém nem mandamentos revelados nem doutrinas reveladas. Ela acompanha e interpreta situações revelatórias.

     O cristianismo confronta-nos com o Deus trinitário. E no mais profundo do insondável mistério da Trindade pode-se localizar o diálogo. A comunicação. É a comunicação vinda de Deus, é algo de sua estrutura. Também, Deus concedeu ao ser humano esse dom, como parte de sua estrutura. O ser humano criado por Deus retém sua imagem comunicativa (Imago Dei confundindo-se com essa imago comunicationis).

       Considerando essa base da comunicação, é fundamental que sejam evitadas falhas na pregação da Palavra de Deus. Uma pregação monótona é uma falta grave, principalmente porque existem muitas maneiras de se variar a comunicação da mensagem. Os meios de comunicação estão se aprimorando na variedade de comunicar. E os pregadores da Palavra de Deus não podem esquivar-se desse intento.

       Comunicação e pregação andam de mãos dadas. Comunicar a Palavra de Deus é ordem expressa de Jesus Cristo. A Igreja é responsável por essa tarefa, pois Deus a escolheu para isso, vocacionando dentro dela, pessoas preparadas, para transmitirem a mensagem de vida, que restaura integralmente o ser e o existir. Assim, não cabe a qualquer um, sem nenhum preparo ou autorização, interpretar e pregar a Bíblia Sagrada. Mas, somente quem recebeu a vocação para tal exercício.

    A pregação é a comunicação da mensagem de Deus. Por isso ela é extremamente relevante. E somente a pregação bíblica é relevante, no sentido de falar às necessidades do mundo. Pode-se observar nos primórdios da história da Igreja que essa ocorrência era uma realidade inegociável (Cf. Atos 2.14-36; Romanos 10.8, 14, 15).



Prof. Nelson Célio de Mesquita Rocha. HomiléticaA Ciência da Oratória Sagrada. Disciplina de Teologia.



terça-feira, 7 de junho de 2022

REPLETOS  DO  ESPÍRIRTO  SANTO

Texto Bíblico: Atos 2.1-13

O que pode fazer a Igreja ser uma Igreja dinâmica? Será que é o muito trabalho que ela realiza? Será que as muitas reuniões dão a garantia de crescimento?

Não existe outro fator mais importante do que a capacidade que a Igreja tem de possuir para realizar-se como Igreja no mundo. Mas, que é essa “capacidade”? Não é a Igreja capaz? O que se entende por “capacidade”? E, qual a finalidade? Não será o devido preparo? Não será a habilitação para realizar com dinâmica a sua missão?

Uma pessoa ou qualquer organismo só será capaz para realizar alguma tarefa quando estiver repleta das qualificações para o exercício de grandes realizações.

SOBRE O TEXTO DE ATOS 2.1-13

O texto clássico do Dia de Pentecostes e o que vem adiante, nos mostram os dois centros propulsores da dinâmica da experiência cristã: O ESPÍRITO E A  PALAVRA. O Espírito Santo, no Pentecostes, com sua força renovadora e unificante de Deus, reúne ao redor da pequena comunidade que dele está repleta, os representantes da nova humanidade, os povos do mundo habitado.

Todos puderam ouvir a PALAVRA DE DEUS através de Pedro, que com ousadia proclamou a mensagem transformadora, fazendo nascer uma igreja forte, como projeto histórico de Deus para o bem do mundo.

A efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes cumpre a promessa de Jesus: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24.49).  Inaugura o tempo da Igreja. A pequena comunidade torna-se habilitada com a força do Espírito para o anúncio autorizado da salvação, dom de Deus por meio de Jesus.

Nasce a Comunidade prometida pelos profetas para o tempo final. Uma comunidade repleta, cheia, possuída pelo Espírito Santo, para ser instrumento de uma nova ordem de Deus na terra.

As implicações de uma Comunidade repleta do Espírito Santo:

1 – VIVE EM UNIDADE  COMO UMA NOVA CRIAÇÃO

A) A Igreja como a “Nova Humanidade” é una, pois é da vontade de Jesus que ela seja assim (Salmo 133.1; João 17.21; Efésios 4.13,16).

B) Há uma nova linguagem na experiência da unidade: a da compreensão e do amor mútuo, onde todas as desigualdades desaparecem; onde o respeito e o direito despontam como fruto da justiça.

C) A unidade faz compreender a linguagem dos outros; faz compreender quem é quem na comunidade.

2 – DESENVOLVE  A UNIVERSALIDADE SEM SEPARAÇÃO

A) A universalidade caracteriza o tempo do Espírito e a habilitação profética do novo povo.

B) Todos podem fazer parte do novo povo de Deus. Pessoas de todas as partes do mundo formam a Igreja do Deus vivo.

C) No Pentecostes, pessoas de todos os lugares estavam presentes, mesmo que falassem em suas línguas, outros entendiam perfeitamente.

D) Não é a Igreja o lugar do entendimento? Nada é melhor do que uma linguagem inteligível. A linguagem tem de ser expressiva (inteligível) e não denotativa (técnica).

3 – PROCLAMA A MENSAGEM LIBERTADORA DE JESUS

A) O derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja foi para que ela tivesse a habilitação profética, isso quer dizer: proclamar a morte e a ressurreição do Senhor por toda parte do mundo.

B) Pentecostes não é fator emocional de uma experiência carismático-sentimental-individualista, mas poder para comunicar as Boas Novas de vida e de paz em todos os lugares.

C) Em Atos 2.14-41, consta que Pedro ao Proclamar mensagem, cerca de 3.000 pessoas se uniram à Comunidade de 120 membros. E assim a Igreja foi crescendo...

D) Nesse Dia de Pentecostes a Igreja pode apresentar os seus primeiros frutos dessa nova experiência. 

CONCLUSÃO

·   O Dia de Pentecostes nos faz lembrar do grande compromisso que a Igreja do Senhor tem de viver  como a missão de Deus na terra, bem como anunciar a mensagem do Reino de Deus em um mundo tão perturbado.



Rev. Nelson Celio de Mesquita Rocha