quinta-feira, 13 de novembro de 2025

O TRISTE FIM DE QUEM AJUNTA BENS MAL ADQUIRIDOS

O TRISTE FIM DE QUEM AJUNTA BENS MAL ADQUIRIDOS


Prof. Nelson Célio de Mesquita Rocha


O atos de pessoas ajuntarem bens mal adquiridos não são ações somente do tempo presente, mas de todos os tempos da história da humanidade. A Bíblia relata que, desde o ato de desobediência contra o Criador, as pessoas passaram a cometer tais ações.

No Livro do Gênesis, da biblioteca inigualável do Planeta Terra, no capítulo 3, têm-se o início de atos que os seres humanos começaram a praticar. Ainda que alguns pratiquem bons atos, sempre têm os que cometem atos abusivos, os quais prejudicam a si mesmos e aos semelhantes, atingindo até o ecossistema. Em Gênesis 3:17 está escrito: "... Maldita é a terra por tua causa...". Sendo assim, não se pode colocar a culpa em um ser metafísico, deixando o ser humano de assumir a sua culpa.

No Livro do profeta Habacuque 2:9 está registrado: “Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos, para pôr em lugar alto o seu ninho, para escapar do poder do mal.” É uma ilusão da segurança construída sobre o erro do alvo, ou seja, do que a Bíblia denomina de pecado.

O profeta Habacuque viveu em tempos de injustiça e corrupção. Ele viveu, provavelmente, para ver o cumprimento de sua profecia, inicialmente, quando Jerusalém foi atacada pelos babilônios em 597 a.C. Ele via os poderosos enriquecendo às custas do sofrimento dos fracos, e questionava: "Até quando, Senhor?" (Habacuque 1:2).

A citação de Habacuque 2:9 citada acima é uma denúncia divina contra aqueles que constroem sua prosperidade sobre a base da injustiça. É uma palavra dura, mas necessária — especialmente em tempos em que o lucro se tornou mais importante do que a ética.

Os pontos que seguem têm a finalidade ajudar a entender a temática proposta, sobre o triste fim de quem ajunta bens mal adquiridos.

O ENGANOSO CONFORTO DOS BENS MAL ADQUIRIDOS

O verbo “ajuntar” indica acúmulo, mas não fruto do trabalho honesto — e sim da exploração, da corrupção e da fraude. A pessoa acredita que, ao enriquecer por qualquer meio, encontrará estabilidade e segurança. Porém, o pecado jamais serve de alicerce sólido — ele apodrece a estrutura da alma. Toda riqueza suja vem acompanhada de uma dívida moral e espiritual.

A ILUSÃO DA SEGURANÇA É UMA CONDIÇÃO DO CORAÇÃO CORRUPTO

Inserido no mesmo relato consta o que vem depois: “...para pôr em lugar alto o seu ninho, para escapar do poder do mal.” A imagem do “ninho em lugar alto” fala de autossuficiência e soberba — o mesmo sentimento de quem acredita estar fora do alcance da justiça humana e divina.
Assim como o ímpio de Salmo 49 pensa que sua casa durará para sempre, o corrupto acredita que jamais será descoberto. Mas Deus vê o que se faz em oculto. E o ninho construído com pena alheia se desfaz com o vento da verdade.

O JULGAMENTO DIVINO É CERTO E ACONTECE NO TEMPO PRESENTE

Em (Habacuque 2:10) está escrito: “Planejaste o opróbrio para tua casa, destruindo muitos povos, e pecaste contra tua alma.” O pecado que fere o próximo é também uma autodestruição. O julgamento de Deus pode demorar, mas é inevitável. Bens mal adquiridos trazem maldição: para quem os possui, para sua família e para sua descendência.

ONDE ESTÁ A VERDADEIRA RIQUEZA?

A verdadeira prosperidade não está em ter muito, mas em ter com justiça. Em Provérbios 10:22, consta: “A bênção do Senhor é que enriquece, e não acrescenta dores.”. Assim, a integridade é a moeda do Reino de Deus — e o tesouro do justo é eterno.

Habacuque anuncia um “ai” — uma lamentação — sobre quem se corrompe para prosperar.
Essa palavra é também um convite ao arrependimento. Porque o mesmo Deus que denuncia a injustiça, oferece perdão ao que se volta para Ele com sinceridade. “Melhor é o pouco com justiça, do que grandes rendas com injustiça” (Provérbios 16:8).

O TRISTE FIM DE QUEM AJUNTA BENS MAL ADQUIRIDOS

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