sexta-feira, 4 de março de 2022

 CRESCENDO EM MEIO AOS CONFLITOS

“O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se” (Mateus 13.24-25).
A busca pela saída dos conflitos da existência humana será sempre uma tentativa frustrada. Durante o tempo em que vivermos sobre a boa terra que o Senhor nos deu, teremos sempre a presença do “joio no meio do trigo”. As investidas triunfalistas ao invés de produzirem uma consciência mais equilibrada, não ensinam nada sobre a convivência com as antíteses deste mundo. Servem como ópio para iludir as pessoas com promessas para hoje de uma vitória total sobre as adversidades. É certo que não podemos escapar dos conflitos existenciais.
A impaciência é uma das facetas mais destacadas do tempo que se chama hoje. As lutas pelo sucesso, por uma vida vitoriosa e realizada fazem parte do cotidiano da grande maioria das pessoas. Isso é ilusão. Mas, o que se precisa saber é, que agora é o tempo da misericórdia, do acolhimento dos pecadores, da conversão proposta a todos, da libertação dada aos escravos do pecado. Nada está concluído a não ser a derrota definitiva da morte e do pecado, mediante a obra redentora de Cristo Jesus. Isto sim, é algo que todos precisamos nos apegar como a base única da luta empreendida para a derrocada do mal. Em Cristo somos mais que vencedores (Romanos 8.37). Pela fé já estamos certos da vitória.
Há a certeza de que a alegre mensagem do Reino de Deus vem ao encontro do homem. Na pessoa e na ação de Jesus de Nazaré não se percebia nenhum sinal de poder e glória. Antes, tudo era fraqueza, pequenez e insignificância. É a semente pequena, jogada na terra, “o grãozinho de mostarda”, que se torna uma verdadeira árvore. Se isto não fosse uma realidade, não adiantaria nada lutar contra aquilo que impede a vida. Cristo Jesus suscitou a verdadeira esperança, que não se confunde, não com um simples entusiasmo, mas constituindo-se a esperança que luta contra toda esperança humana (Romanos 4.18).
Portanto, não se deve ficar pensando ou agindo de forma pueril, cogitando se os conflitos não devem fazer parte da vida. Mas, é fundamental que haja crescimento no meio deles. Paulo nos ensina que “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que ama a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28). A vitória definitiva virá ao final, no tempo determinado por Deus. Por isso, lutemos, sempre procurando tirar proveito dos conflitos, e cresçamos.
Rev. Nelson Celio de Mesquita Rocha