quarta-feira, 25 de maio de 2022

O CREDO DE NICÉIA

No Concílio de Nicéia realizado no ano 325 d.C., convocado pelo imperador romano Constantino, Eusébio de Cesaréia, o famoso historiador cristão, sugeriu a adoção de sua própria igreja. A cidade de Nicéia ficava na Bitínia, Ásia Menor. Foi lido e aprovado em Calcedônia, no ano de 451 d.C., como sendo o credo dos 318 teólogos, pais da Igreja, conciliares de Nicéia e dos 150 teólogos que “se reuniram em outra oportunidade”, em Constantinopla, no ano 381 d.C. Daí ser frequentemente mencionado como “Credo de Constantinopla” ou “Credo Niceno-constantinopolitano”. Muitos críticos opinam ser a revisão do credo de Jerusalém transmitido por Cirilo. Assim, era fundamental que a Igreja pudesse formular de maneira organizada a sua fé de modo trinitário, a partir da natureza de Cristo e de suas relações com o Pai.

O Credo de Nicéia, que segue abaixo, consta um desdobramento da doutrina da Igreja, e é lido sempre nos cultos do Senhor, aos domingos, de forma comunitária, a uma só voz, no sentido de se fazer a Afirmação de Fé eclesial. A leitura do Credo sempre precede à Celebração do Santo Sacramento da Ceia do Senhor. Serve como preparação para se tomar a Eucaristia.

É na realidade uma síntese do que a Igreja crê e professa na sua trajetória na história da salvação. Assim consta:

CREMOS EM UM SÓ DEUS, Pai todo-poderoso, criador do céu e da  terra,  de   todas as coisas visíveis e invisíveis; e  em  UM    SENHOR  JESUS  CRISTO,  o unigênito  Filho de Deus,  gerado  pelo  Pai  antes  de  todos  os  séculos,  Luz  de  Luz,    verdadeiro  Deus de Verdadeiro Deus,  gerado, não feito, de uma só substância com o  Pai,  pelo  qual  todas  as coisas foram feitas; o qual, por  nós homens e por nossa salvação,  desceu  dos  céus,  foi  feito carne do Espírito Santo  e da Virgem  Maria,  e  tornou-se  homem, e  foi  crucificado por  nós sob o   poder de Pôncio Pilatos, e padeceu, e  foi  sepultado, e  ressuscitou  ao  terceiro  dia  conforme as Escrituras, e subiu aos céus, e assentou-se à direita do Pai,  e  de  novo     de  vir com glória para  julgar  os  vivos  e os  mortos, e  seu Reino  não  terá   fim;   e  NO  ESPÍRITO SANTO, Senhor e Vivificador, que  procede do Pai, que com o Pai e o Filho  conjuntamente  é adorado e glorificado,  que  falou a través dos Profetas; e NA IGREJA una, santa, católica e apostólica;  confessamos um só batismo para a remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro”.

Que a nossa fé seja confessada dia a dia. Que o nosso ser seja tocado profundamente pela ação da Santíssima Trindade, fazendo que a Igreja seja uma comunidade de serviço a Deus no serviço ao ser humano.

Rev. Nelson Celio de Mesquita Rocha





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