O CREDO DE NICÉIA
No Concílio de Nicéia realizado no ano 325 d.C., convocado pelo imperador romano Constantino, Eusébio de Cesaréia, o famoso historiador cristão, sugeriu a adoção de sua própria igreja. A cidade de Nicéia ficava na Bitínia, Ásia Menor. Foi lido e aprovado em Calcedônia, no ano de 451 d.C., como sendo o credo dos 318 teólogos, pais da Igreja, conciliares de Nicéia e dos 150 teólogos que “se reuniram em outra oportunidade”, em Constantinopla, no ano 381 d.C. Daí ser frequentemente mencionado como “Credo de Constantinopla” ou “Credo Niceno-constantinopolitano”. Muitos críticos opinam ser a revisão do credo de Jerusalém transmitido por Cirilo. Assim, era fundamental que a Igreja pudesse formular de maneira organizada a sua fé de modo trinitário, a partir da natureza de Cristo e de suas relações com o Pai.
O Credo de Nicéia, que segue abaixo, consta um desdobramento da doutrina da Igreja, e é lido sempre nos cultos do Senhor, aos domingos, de forma comunitária, a uma só voz, no sentido de se fazer a Afirmação de Fé eclesial. A leitura do Credo sempre precede à Celebração do Santo Sacramento da Ceia do Senhor. Serve como preparação para se tomar a Eucaristia.
É na realidade uma síntese do que a Igreja crê e professa na sua trajetória na história da salvação. Assim consta:
“CREMOS EM UM SÓ DEUS, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em UM SÓ SENHOR JESUS CRISTO, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Luz de Luz, verdadeiro Deus de Verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne do Espírito Santo e da Virgem Maria, e tornou-se homem, e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos, e padeceu, e foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia conforme as Escrituras, e subiu aos céus, e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu Reino não terá fim; e NO ESPÍRITO SANTO, Senhor e Vivificador, que procede do Pai, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou a través dos Profetas; e NA IGREJA una, santa, católica e apostólica; confessamos um só batismo para a remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro”.
Que a nossa fé seja confessada dia a dia. Que o nosso ser seja tocado profundamente pela ação da Santíssima Trindade, fazendo que a Igreja seja uma comunidade de serviço a Deus no serviço ao ser humano.
Rev. Nelson Celio de
Mesquita Rocha
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