terça-feira, 4 de novembro de 2025

A SÍNDROME DE NABUCODONOSOR
Prof. Nelson Célio de Mesquita Rocha
Daniel 4:28-37

Na Bíblia consta a história do rei Nabucodonosor, que é uma das mais impressionantes. Um homem que chegou ao topo do poder humano, mas que, por causa da soberba, foi derrubado ao chão e reduzido à condição de uma besta. A “Síndrome de Nabucodonosor” é a doença espiritual daqueles que, iludidos pela glória pessoal, esquecem que toda autoridade, talento e sucesso vêm de Deus.
Quando o orgulho substitui a humildade, o homem perde a razão e o discernimento espiritual — e, como Nabucodonosor, passa a viver como um ser estranho diante do Criador.
Vejamos o quadro desta síndrome de Nabucodonosor e suas consequências.
1. A ASCENSÃO DO HOMEM E O ORGULHO QUE CEGA (Daniel 4:29-30)
O rei Nabucodonosor falou em tom altivo: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei... com o meu poder e para a glória da minha majestade?”
O rei olha para o palácio, os jardins suspensos e o império conquistado e diz: “Eu fiz”. É o grito do ego inflamado, o mesmo que ressoou no Éden: “Sereis como Deus”.
Hoje, muitos repetem essa síndrome:
- o político que acha que o poder é eterno;
- o empresário que crê que tudo depende de sua capacidade;
- o líder religioso que se envaidece do número de seguidores;
- o homem comum que esquece que a vida é um sopro.
O orgulho é o início da loucura espiritual. Ele faz o ser humano perder o senso da dependência de Deus.
2. A QUEDA QUE REVELA A IDIOTICE HUMANA (Daniel 4:31-33)
Enquanto o rei ainda falava, veio a voz do céu: “Passou de ti o reino, ó Nabucodonosor!”
Deus permite que Nabucodonosor seja humilhado para que volte à razão.
Ele perde o trono, a glória e até o senso humano — vivendo como um animal nos campos.
A “Síndrome de Nabucodonosor” nos mostra que Deus sabe lidar com o orgulho humano.
Quando a pessoa se exalta, o Senhor a faz descer;
quando ele se acha suficiente, o Senhor o leva à solidão;
quando ele se julga sábio, o Senhor o faz comer erva como o boi.
Deus não destroi para o mal, mas para restaurar.
A queda de Nabucodonosor foi um ato de graça — uma disciplina amorosa para que ele voltasse à sanidade espiritual.
3. A RESTAURAÇÃO PELA HUMILDADE (Daniel 4:34-37)
“Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento...”
A cura veio quando ele levantou os olhos para o céu. Enquanto olhava para si mesmo, estava doente; quando olhou para Deus, foi restaurado.
A humildade devolve ao homem a razão e o sentido da vida. Assim, reconhecer que “o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos seres humanos” é o início da verdadeira sabedoria.
Hoje, Deus continua curando os “Nabucodonosores” — pessoas cegas pela vaidade, pela fama ou pelo poder, mas que ainda podem voltar a si quando olham novamente para o céu.
A “Síndrome de Nabucodonosor” é a doença espiritual que existe em todas as eras: a loucura do orgulho humano. Mas, sempre há cura.
Quando reconhecemos que Deus é soberano, voltamos à verdadeira sanidade espiritual. “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu...” (Daniel 4:37)
Saibamos que Deus abate o soberbo, mas exalta o humilde.
Que fixemos os olhos da vida e nos ensinos de Jesus, que não se exaltou, mas "a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome...". (Filipenses 2.8,9).

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