SOCORRO! SOCORRO! NÃO É NOME DE MULHER, MAS UMA SOCIEDADE EM COLAPSO
"Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis,
pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes,
desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem,
traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus,
tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes."
O Apóstolo Paulo, em sua carta final, escreve a Timóteo com o coração pesado e a alma vigilante. Ele sabia que o tempo era curto e que a igreja e a humanidade enfrentariam dias sombrios.
“Tempos difíceis” não são apenas períodos de guerra ou crise econômica — são tempos de decadência moral e espiritual.
Vivemos dias em que o mal não apenas existe, mas é celebrado, e o bem, muitas vezes, ridicularizado. Nesses dias nem os animais são poupados. Pessoas do mal que não respeitam o próximo, à natureza e ao Deus criador de toda a realidade natural, andam pelas ruas e estradas e vivem em seus lugares como se nada de ruim lhes aconteçam. Mas, essas pessoas, cedo ou mais tarde terão o que merecem. Quem planta colhe.
Reflitamos sobre a realidades desses tempos difíceis.
O apóstolo afirma: “sobrevirão tempos trabalhosos” — isto é, tempos pesados, perigosos, sem consolo.
A palavra grega usada aqui, "chalepoi", significa “difícil de suportar”. Esses tempos não se medem pelo relógio, mas pelo nível de corrupção do coração humano.
O que hoje vemos: o amor esfriando; a verdade sendo relativizada; o evangelho sendo transformado em espetáculo. Incrível! Inclusive até no campo religioso. Sendo assim, o que Paulo profetizou não é futuro distante — é o presente que vivemos.
Esse tempo que se vive, retrata o ser humano sem Deus.
Paulo lista características da pessoa dos últimos tempos. Não é uma lista de crimes, mas de atitudes do coração. Por exemplo:
- “Amantes de si mesmos” → o egocentrismo virou filosofia de vida.
- “Avarentos” → o dinheiro se tornou um deus moderno.
- “Desobedientes” → a autoridade foi trocada pela rebeldia.
- “Mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus” → o prazer imediato vale mais do que a eternidade.
A sociedade vive um colapso de valores — o pecado não é mais escondido, é promovido. O ser humano se tornou um ser sem conversão, piedade e amor. É claro que existem pessoas do bem. Ainda bem que não é a maioria, embora se pense que todos estão no mesmo barco furado.
A exortação do Apóstolo Paulo: "Foge também destes".
Paulo não manda odiar, mas não se associar ao padrão corrompido, pois a fé cristã exige discernimento — amar as pessoas, mas rejeitar os comportamentos que ofendem a Deus. O cristão não deve se moldar ao mundo, mas ser luz em meio à escuridão.
Ter aparência de piedade, mas negar a eficácia dela é a vida sem o temor de Deus, sem o amor ao próximo e à boa criação de Deus. Há muitos que até frequentam um templo, mas vivem longe do altar.
Por fim, vivemos tempos difíceis, sim, mas também tempos de oportunidades. Onde há trevas, a luz se destaca. Onde há corrupção, a santidade brilha. Onde há desespero, a esperança em Jesus renasce.
O desafio de Paulo é o mesmo para nós: permanecer fiéis, guardar a fé e não se conformar com este século. “Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência e a mansidão.” (1 Timóteo 6.11)
Examinemos o nosso coração: há aparência de piedade ou poder do Espírito Santo?
Decidamos hoje ser sal e luz, mesmo em tempos difíceis.
Lembremo-nos: Deus ainda governa a história — e nada está fora do Seu controle.
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