AS REFORMAS DO SÉCULO 16 E A INCOERÊNCIA DAS IGREJAS
Algumas frases foram criadas no mundo dos esportes, bem como imagens, para haver uma conscientização com a finalidade de se combater o racismo e a violência em todos os cantos do Planeta Terra. No futebol, por exemplo, uma das frases Impactantes sobre o racismo: "O racismo não tem lugar no futebol; é um jogo que deve unir, não dividir." Mas, quando se inicia o jogo e o seu desdobramento, alguns atletas ou pelo menos a maioria, deixando-se tomar pelos sentimentos, esquecem do que foi anunciado. Acontece de tudo tudo: violência com palavras e agressões físicas. Os juízes punem atletas e ainda são xingados pelas torcidas.
Mas, quanto ao tema sobre as reformas do século 16 e incoerência das igrejas? Usando-se a palavra "Reforma", como um substantivo coletivo, em referência à Reforma do século 16, não foi apenas um movimento religioso, mas uma revolução espiritual e moral. Martinho Lutero, João Calvino, Ulrico Zuínglio e outros reformadores ergueram suas vozes contra um sistema eclesiástico corrompido e distante do Evangelho puro de Cristo. O clamor principal era “Sola Scriptura” — somente a Escritura como regra de fé e prática.
No entanto, séculos depois, as igrejas que se dizem “filhas da Reforma” parecem ter se desviado do mesmo ideal que as originou. Muitas se tornaram institucionais, frias, e voltadas ao poder e ao lucro — repetindo os erros da Roma medieval.
Seguem alguns apontamentos já conhecidos pelos estudiosos, não somente da Igreja, mas da História Universal.
1. A ESSÊNCIA DA REFORMA: UM RETORNO AO EVANGELHO
Os reformadores não criaram uma nova religião, mas buscaram restaurar o cristianismo primitivo, centrado em Jesus e na graça.
Os cinco pilares da Reforma expressam isso claramente:
- Sola Scriptura – A Bíblia acima de tradições humanas.
- Sola Fide – A salvação é pela fé, não por obras.
- Sola Gratia – Tudo é pela graça divina.
- Solus Christus – Cristo é o único mediador.
- Soli Deo Gloria – Toda glória pertence a Deus.
Esses princípios deveriam ser o coração pulsante das igrejas reformadas. Tais princípios estão sendo propagados até mesmo por igrejas organizadas recentemente, formando um coro entre Reformados, Pentecostais, Neopentecostais, Pós-pentecostais e "Desigrejados".
2. A INCOERÊNCIA DAS IGREJAS INSTITUCIONALIZADAS
Hoje, muitas igrejas que se dizem reformadas vivem de aparência e tradição, mas carecem de poder espiritual. O que fazem é observado a olho nu. Por exemplo:
- Pregam a Bíblia, mas não a vivem.
- Entoam cânticos sobre graça, mas praticam o julgamento.
- Exaltam Jesus Cristo, mas buscam popularidade.
- Falam de unidade, mas competem entre si.
Há uma incoerência gritante entre a teologia proclamada e a prática vivida. A Igreja de Sardes (Apocalipse 3:1) é um espelho desse estado: “Tens nome de que vives, mas estás morto”.
3. O CHAMADO DE DEUS À COERÊNCIA E REFORMA CONTÍNUA
A verdadeira Reforma nunca termina. Os reformadores diziam: “Ecclesia reformata semper reformanda est” — A Igreja Reformada deve estar sempre se reformando. Isso significa que cada geração deve revisar suas práticas à luz da Palavra.
Deus chama sua Igreja a abandonar: O formalismo vazio; a política eclesiástica que sufoca o Espírito; o comércio da fé; e, a indiferença diante do pecado e da injustiça.
Portanto, ser “igreja reformada” não é ter um nome histórico, mas viver em constante arrependimento e transformação.
A Reforma do século 16 começou com uma indignação santa diante da corrupção da fé.
Hoje, Deus busca corações igualmente inconformados, que ousem reformar suas próprias vidas e ministérios.
Se Lutero estivesse vivo, talvez pregasse suas 95 teses novamente — não nas portas de Wittenberg, mas nas portas das igrejas modernas, clamando: “Voltem ao Evangelho puro! Voltem à cruz de Cristo! Voltem à coerência da fé!”
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