terça-feira, 4 de novembro de 2025

DERRUBANDO OS MUROS DOS RESSENTIMENTOS
Prof. Nelson Celio de Mesquita Rocha


“Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas de entre vós, com toda malícia. Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Efésios 4:31-32
Eis uma das mais difíceis ações dos seres humanos: não guardar ressentimentos. Ressentimento é o sentimento que se caracteriza pela existência de mágoas, rancores ou angústias que se formam como consequência de uma ofensa ou a partir de uma atitude que é recebida de malgrado.
O ressentimento é a ação de ressentir, ou seja, de sentir de novo ou sentir repetidamente as emoções negativas que foram provocadas a partir de uma atitude que foi mal recebida pela pessoa ressentida.
Vivemos em um mundo de relacionamentos partidos, famílias desfeitas e amizades quebradas. As pessoas convivem lado a lado, mas separadas por *muros invisíveis: muros de mágoa, de desconfiança, de orgulho e de ressentimento.
Esses muros não são erguidos de repente ou ao longo dos anos. São construídos, tijolo por tijolo, com palavras mal interpretadas, atitudes não perdoadas e lembranças mal resolvidas. Com o tempo, tornam-se muralhas que isolam o coração e impedem o fluir do amor de Deus.
Mas há uma boa notícia: Jesus Cristo é o derrubador de muros! Em Efésios 2:14, o apóstolo Paulo declara: “Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede de separação que estava no meio...” O mesmo Cristo que destruiu o muro da inimizade entre Deus e o homem pode derrubar os muros do ressentimento que dividem corações hoje.
Vejamos alguns pontos que ajudam a compreender este assunto que é tão difícil, mas não impossível de ser tratado.
OS MUROS DO RESSENTIMENTO E SUAS ORIGENS
O ressentimento nasce quando o perdão é negado. A mágoa guardada se transforma em amargura, e a amargura gera distância. Alguém nos fere, e ao invés de levarmos a dor a Cristo, guardamos dentro da alma. O que era uma ferida passa a ser uma muralha. E quando percebemos, já estamos isolados — frios, duros, sem sensibilidade espiritual.
Na Epístola aos Hebreus 12:15 consta uma advertência: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” O ressentimento não fere apenas quem o sente; ele contamina o ambiente e destroi comunhão.
AS CONSEQUÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO DOS MUROS DO RESSENTIMENTO
Rompem relacionamentos – lares se dividem, amizades se perdem, igrejas se enfraquecem. Aprisionam o coração – o ressentido vive preso ao passado e incapacitado de viver o presente. Entristecem o Espírito Santo – o Espírito não habita onde há amargura e falta de perdão.
Em Efésios 4:30-31mostra que amargura e comunhão com o Espírito não convivem no mesmo coração.
A MANEIRA DE SE PODER DERRUBAR OS MUROS DO RESSENTIMENTO
Primeiro, reconhecer o muro. Ninguém pode ser curado de algo que não admite possuir. Este é o primeiro passo que é admitir que há mágoa no coração.
Segundo, liberar o perdão. Perdoar não é justificar o erro, mas libertar o coração do peso. O perdão é o martelo que quebra o muro do ressentimento. Perdoar é libertar um prisioneiro — e descobrir que o prisioneiro é a própria pessoa que guarda ressentimentos.
Terceiro, orar por quem provocou ferimento. Jesus ensinou: “Orai pelos que vos perseguem.” A oração purifica o coração e transforma a dor em compaixão.
Quarto, deixar Jesus Cristo reconstruir. Onde havia muros, Ele ergue pontes. O Espírito Santo, que é o Espírito de Jesus é o restaurador da comunhão. Ele faz brotar amor onde antes havia rancor. Em Colossenses 3:13 está escrito: “Suportai-vos uns aos outros, e perdoai-vos mutuamente, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós.”
Em conclusão, sobre este assunto tão importante, com a finalidade de proporcionar uma vivência mais saudável, o ressentimento é uma prisão da alma, mas Cristo veio para libertar os cativos.
Os muros que alguém não consegue derrubar sozinho ou sozinha, Jesus derruba com uma palavra: “Está consumado!”
Quando o perdão reina, os muros caem, a comunhão floresce e a paz volta a habitar o coração. Jesus é o grande construtor de pontes e o derrubador de muros.

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